sábado, janeiro 31

Evanoé, o Co-Piloto Gilette.

A mais recente fofoca do universo da aviação está voltada na freqüência de emergencia. Toda a vez que um boçal vai falar em 121.50 (frequência universal de emergência da aviação), acaba esquecendo que não está na frequencia da sua companhia e, como todas as empresas aéreas são obrigadas a monitorá-la o coitado que acabou de falar acaba sendo zoado constantemente.

É difícil ilustrar o que acontece mas é como se fosse um piloto transmitindo num nextel com broadcast para um grupo de pessoas erradas o que ele quer, e o retorno é acabar sendo zoado por pessoas que ele não conhece.

Pois bem. Evanoé é um copiloto gilette. Dizem as fofocas mais recentes da aviação que esse cara pegou uma coroa num vôo pra tal lugar e essa mulher tinha um marido. E numa dessas aventuras ele descobriu que o marido da mulher que ele queria furar gostava de ver a mulher sendo furada por outrem. E aí que de repente surgiu esse fenômeno Evanoé, o grande gillete da aviação, pois parece que o video de uma gravação que o marido da mulé fez com o copila comendo a mulé dele chegou nos pornotubes da vida. Ó azar.

Não vi o vídeo ainda e não sei de sua procedencia, todavia só sei que o video envolve meias pois pelos diálogos transmitidos a coisa rola mais ou menos pra esse lado. "Tira a meia!!". É difícil pensar que uma pessoa faz sexo ativo ou passivo vestindo meias. Mas também - como disse um sábio comandante - tem gente que para de foder para arrumar o lençol da cama. Fazer o quê.

Sabendo da real história do colega que vacilou e escorregou no quiabo, já digo pra vocês. Até lá, um bom fevereiro pra todos.

Malas para locais de verão

Como voces bem sabem, aviadores em geral vivem na mala. Outras vezes, além de viverem na mala, incorporam esse instituto, especialmente dentro da cabine de comando. Enchem o saco do copiloto até dizer chega, e o vôo de 5 dias acaba sendo uma eternidade num purgatório sem fim.

Outro dia fui pra Aracaju com um perdia maravilhoso, em frente a praia de Atalaia. Foi muito legal porque era a segunda vez que eu tava indo. E, como um profissional que vive na mala e aturando malas, acaba que eu sempre esqueço alguns itens essenciais de mala. Não, não estou falando de cuecas e meias, estou falando de perfumarias.

Como passamos constantemente nos detectores de metais, tanto nos nacionais como nos internacionais, acaba que fica difícil ficar levando coisas um pouco mais sofisticadas do que um sabonete e uma pasta de dentes, especialmente para lugares internaiconais, onde os líquidos são proibidos eos remédios perdidamente controlados. (NOTA: No cargueiro, ainda que na internacional, não tinha nada disso)

E aí fomos para aracaju, até que as comissárias acharam uma boa idéia caminhar na praia de Atalaia em plena 11:20am local, onde o sol já estava na sua intensidade nuclear e, claro, nosso querido escritor não tinha nem chinelo e nem protetor solar para oferecer. As comissárias até tinham protetores solares, mas por algum motivo não me ofereceram e eu nao quis pedir nada, porque para elas, voce pede alguma coisa hoje e amanhã ela vai pedir o braço pra você.

Andei desprestenciosamente pela praia e curti o visual. Tirei fotos e fiz videozinhos no meu Nokia. Botei online e o caramba. QUando voltei pro hotel as 3:00pm, acabou que eu constatei que eu nao conseguia dormir e meu rosto inteiro parecia que tinha passsado por um jato de areia na loja de espelhos decorativos. Fudeu, não dava mais pra dormir naquela condição, só deitar e fechar o olho porque dormir mesmo já foi pro cacete.

Arrumar mala é uma arte, mas como em casa de ferreiro o espeto é de madeira (pra não dizer de pau, porque pau é coisa pra gaucho), tem hroas que a gente dá mole e paga caro pelo nosso vacilo de não levar determinadas coisas na mala.

Realmente, para os sabichões de plantão, o ideal seria perguntar "ô seu burro, compra na praia um protetor né!". Mas nunca! Comprar protetor com ágio de 100%, prefiro usar a Amil depois.

sábado, janeiro 24

Cornus Party

Desde que foi criado o Twitter e meus amigos o descobriram como forma de micro-bloggin' (é o termo hype que tá sendo usado agora), tenho acompanhado o dia a dia deles nesse instrumento. É prático e todo mundo se ajuda e se diverte ao mesmo tempo, em 140 letras. As vezes eu consigo atualizar também quando eu tenho saco de ficar digitando no meu tecladinho ridículo do Nokia N95, mas eventualmente o que ocorre é que não dá pra fazer um post mais complementar porque eu sinto falta do teclado.

Cada semana é um assunto diferente. Já teve post por causa do Beijinho Doce da Novela, e depois sobre o Big Brother. Essa semana, em particular, o Hype foi da porcaria do Campus Party em SP.

Pra mim, Campus Party é a reunião de todos os Nerds do Brasil que querem uma banda larga de 10tb de graça pra fazer download de todos os seriados do mundo e, nas folgas, enquanto fazem seus trabalhos usando a internet de 1mb em casa, eles veem os seriados que já baixaram naquele evento.

Segundo os relatórios que eu li do Campus Party, o Campus Party é um Peganinugéns Party. Parece que é anti-ético se apaixonar na Campus Party salvo se você usar uma tela como proteção e mandar para outra pessoa "Oi, voce TC aqui muito? Tá gostando? LOL!". E fora isso os eventos sociais, ao que eu notei, não comportam muita socialização fora do universo entre a cadeira, o teclado, e os USTREAMS e os Blogs da vida.

Mesmo assim, pela comunidade que se forma, é até legal de saber que existe algo assim. O medo maior é que o Campus Party vire uma Sodoma-e-Gomorra Party, mas até parece que isso vai acontecer. Se fosse algo civilziado, até uma barraquinha da Jontex ou da Olla poderia ser aberto na Cparty e o amor nas barracas poderia fluir normalmente.

Pode dizer que eu sou invejoso, ciumento ou escroto. Mas pelo menos eu não incomodo o evento, só acho que poderia haver mais do evento que ampliasse sua importância. Outras coisas que eu constatei que incomodaram - hoje no domingo, por exemplo - foi a história do buzinador de bundas das coelhinhas da Playboy. O nerd punheteiro foi lá e deu uma chamuscada na polpinha da coelhinha da playboy e estas, assustadas com a cambada de nerds que ali se localizavam, sairam correndo. No que isso aconteceu, os nerds, enfurecidos porque não tiveram a mesma oportunidade, resolveram expulsar o cara por inveja e por falta de ética pois o máximo que era permitido ali com as coelhinhas era abraçar e tirar fotos e degustar olfativamente de seus perfumes de victoria's secrets ou boticário, seja lá o que for.

Eu honestamente não sei a natureza do Campus Party ou pra que serve. Sei que meus amigos adoram ir pra lá porque a conexão é irada mas o mais hilário mesmo é eles estarem de corpo presente num mesmo local e continuarem conversando numa janela de Twitter ou de MSN. É, no mínimo, estranho.

Um dia no Acre

Numas das aventuras programadas para mim neste mês de janeiro foi vir para o Acre. Rio Branco, a Capital do Acre, é muito longe. Muito mesmo. São 3 horas de vôo a partir de brasília com direito a sobrevôo em cuiabá. E, claro, faz limite com La Paz em determinado momento.

Depois de dormir e acordar (note bem que, ao contrário do nordeste, no acre tem Internet, tem Telecine Premium e INternet Grátis razoável), fui andar pela cidade. Esta vive de comércio, mas nada muito significativo. Algumas galerias que eles chamam de shoppings, e várias lojinhas artesanais e outras que lembram mto bem galerias da uruguaiana vendendo bules e aqueles tenis ou sapatos camurçados que por dentro lembra pisar numa rocha digna de mordor.

Mas notei uma coisa curiosa, aqui as pessoas não são tão feias quanto parecem, porque os traços indígenas não são tão clarevidentes. Outra coisa curiosa é que o combustível é 30% mais caro que na média da região sudeste, porque aqui o combustível tem que vir de caminhão, potencializando o valor. Logo, aqui, para atravessar a rua é uma aventura, porque o combustível é muito mais caro e por isso as pessoas tendem a atropelar pedestre com mais freqüência.

De resto, no vôo pra cá notei que as mulheres eram mto bonitas. Tinha um coroa também com uma mulher loira de minissaia jeans e com uma bota de couro preta e meia calça preta que lembrava uma escort girl (provavelmente era, mas vou deixar meus preconceitos de lado por enquanto porque eu acredito no amor independente da idade) e que saiu de passageira numa pajero nova no terminal aeroportuário. Eu e o comandante ficamos pasmos. Ouvi, neste momento, do comandante (que era Ex-VELOG também), a seguinte frase sábia: "dinheiro e mulher bonita sempre tem dono!". Grandes palavras.

E é isso. A tendência é chegar domingo de tarde no Rio de Janeiro, se a chuva deixar. Aparentemente essa chuva tem castigado ou os mineiros ou os cariocas. Mas os paulistas não. Mas deixa estar... Uma hora vai pra eles também.

sexta-feira, janeiro 23

Em homenagem ao Jayson

Vai esse video aqui.

quinta-feira, janeiro 22

Não tou inspirado hoje

POrque estou muito cansado, eu vou deixar os posts para semana que vem. Talvez eu me anime para falar assuntos mais maneiros.

De qualquer maneira, para não dizer que eu não reclamei de nada, eu era para ter dormido no RIo de Janeiro de ontem pra hoje, mas a chuva diluvial no RJ não deixou. Me fudi.

Os Famosos

Pessoas famosas voam bastante. Não só voam bastante como também aporrinham bastante, pois muitos deles (outros não, mas estes são minoria) são extremamente pomposos e arrogantes.

Os que me dão mais raiva são os caras que são cantores de empregada (pagodeiros, sertanejeiros e afins) que acham que todo mundo no universo inteiro que circunda a todos deve saber qual música eles tocam e tem a obrigação de saber que eles são famosos.

É bem verdade que durante a minha instrução eu cruzei com alguns políticos (Eduardo Suplicy e Martha Suplicy, separadamente, claro), mas pessoas famosas só tenho uma história de gafe.

Mas antes de continuar, o mais importante de saber sobre o comportamento dos famosos durante o vôo é voce conversar com as comissárias antigas. Elas são fans de pagodeiros e jogadores de futebol e outros artistas populares então elas sabem exatamente quem são os famosos. Obviamente, como tiveram instrução na academia, elas sabem como lidar com os passageiros, independente de quem eles sejam, e tratam com o mesmo profissionalismo e cordialidade como fariam para qualquer passageiro comum. Todavia tem sempre uma que não aguenta e declara ser fan e que quer tirar uma foto.

Outro dia, voltando de porto alegre, trouxe um tal de Amado Batista e o famoso Tony Garrido. Este último é uma simpatia de pessoa, extremamente cordial e não fez nenhuma arruaça no vôo, como normalmente algumas personalidades de banda costumam fazer. Já o Amado Batista aconteceu o seguinte: Depois do pouso em são paulo, saí para fazer a externa (dar aquela volta para esticar as pernas e ver se o avião ainda está inteiro depois do pouso). Na volta, notei que a chefe de cabine pulava de alegria como se fosse uma hiena com pimenta no rabo. Dizia ela:

- Ah, meu deus minha mãe não vai acreditar imimimimimimimimimi Amado batista - falava excitadamente

- Tá, mas quem é amado batista? Eu sei lá quem é? - Retruquei descrente, logo na entrada.

Eis que, de repente, a outra menina chega e fala "É ele", e aponta para um senhor com cabelos brancos e olhos azuis, que ainda não havia desembarcado.

Prontamente saí da gafe cumprimentando-o: "Olá senhor, como vai? fez boa viagem?".

Sorridente, o famoso desembarcou por último, agradeceu e acenou com a cabeça me respondendo e, imediatamente, voltei para a cabine como se nada tivesse acontecido. As comissárias ficaram dando risada da minha gafe. Who cares?

quarta-feira, janeiro 14

Quem gosta de ser o Centro das Atenções?

Quando as vezes eu falo que sou piloto, mtas pessoas (ainda) ficam impressionadas e outras mais ainda e querem tirar dúvidas de mitos da aviação. Exemplo deles é se piloto dorme na cabine, como nego faz cocô, se nego peida, e que tipo de comida a gente come.

Acho isso legal e pro meu ego pessoal é até interessante pois eu até viro o centro das atenções da mesa por algum tempo. Eu torno o papo engraçado através dos deboches iniciais e das analogias que eu consigo fazer baseado no mercado de trabalho dos terráqueos (administradores, advogados, funcionários públicos, etc). De qualquer maneira o que mais agrada mesmo são os causos das comissárias e comissários atacados, e das minhas aventuras com os deuses que pilotam no lado esquerdo da aeronave, mas esses últimos são só interessantes quando eu conto para amigos que são do ramo, pois para o passageiro comum ou para o leigo no assunto a história é similar a uma anedota mal contada para quem desconhece completamente o assunto.

Eis que eu estava outro dia num restaurante com o grupo de amigos, e um advogado chegou. Esse advogado teve um pai que foi piloto, e por algum motivo ele guardava seus conhecimentos de aviação engessado e parado no tempo na época que o pai ainda trabalhava no ramo. De repente, para aparecer no bate papo que até então estava animado, ele começou a apresentar os conceitos dele sobre o assunto, estes completamente desatualizados. Eu comecei a rir pois, aos poucos, dentro do meu constrangimento em corrigi-lo (Afinal advogados são CHATOS PRA CARALHO para discutir contra e com eles), resolvi dar risada e acompanhar seu monólogo anacronista.

De certa forma, me conformei com que estava acontecendo e me vi pela primeira vez fora do spotlight do que é "ser piloto perante leigos", e achei agradável, pois voce passa desapercebido dentro de um grupo grande de pessoas e passa ser alguém normal - terráqueo - por assim dizer. E quem acaba passando vergonha alheia, é claro, sempre o advogado, que normalmente, como um bom artista das palavras, acaba falando sempre o que não sabe e convencendo seu público alvo que, espera-se, seja um dia um Juiz.

As vezes é foda.

Vida de piloto é assim mesmo, além de ter os seus altos e baixos (Com trocadilho por favor), tem vezes que é foda.

É raro você ter algum tipo de chave de vôo cujo o pouso final termine no galeão. Quando tem, pra mim, é uma festa: Isso representa que geral que não é do RIo vai se foder voltando pra São Paulo e para casa (Seja lá para onde for) e eu vou pegar meu carrinho no estacionamento da Infraero e ir pra casa dormir na minha cama super arrumada com meus travesseiriinhos confortáveis.

Eis que de repente existe uma instituição para foder com sua vida: A escala. A escala é assim: Eles sabem, de uma forma etérea e mental, quando você está feliz com a programação que eles te deram, e eles vão lá te zoar só de sacanagem.

Amanhã, quinta feira, por exemplo, eu chegaria de Aracaju, pararia no Galeão, e voltaria feliz e serelepe para casa. Trocaria minhas roupas da mala, jogaria meu PS3 e voltaria no dia seguinte depois do almoço para fazer um bate volta recife de fretamento, de sexta pra sábado, chegando no sábado de manhã, e com 2 folgas para ficar no rio de Novo. Maravilha, administrável.

Mas não. Resolveram tirar o fretamento e me colocaram numa apresentação na sexta feira as 8 da manhã em congonhas.

O que é necessário entender é que, para um aviador as vezes a gente conta os dias para voltar para casa e ver a família e amigos e, as vezes, simplesmente jiboiar em casa. Casa é um conceito importante para o aviador, visto que a gente vive muito fora dela e, nem o hotel mais luxuoso do mundo (ressalvadas algumas exceções) superam a sua cama, o seu edredon e seu travesseiro babado de casa. (As vezes até a mulher também, mas isso muda com o tempo!).

Mas tudo bem. O importante é que sábado eu vou chegar em casa de novo e vou emendar em alguma programação com os meus amigos, se tiver, e depois vou dormir o domingo inteiro, na minha cama, e acordar e tomar meu nespresso maravilhoso. E tá bom. 4 dias dormindo em hotéis permite voce dormir, mas descansar mesmo, é só em casa.

domingo, janeiro 11

Noutro Dia Desses, Episódio 1

Em um Manaus Brasília, a seguinte cena acontece.

Toca a chamada de cabine

- Comandante, posso entrar?

- Entra!

- Comandante, olha só, encontrei isso na mão de uma passageira! - De repente a comissária chega e tira de uma sacola de grife (tipo Victoria's Secrets, aqueles sacos de papelão com alça de corda) uma garrafa de uísque de free shopping.

- Puta merda! - disse o comandante.

- Essa tá afim de esquecer do vôo - Disse eu, dando uma de inocente.

- Comandante eu falei pra ela que se ela não me desse a garrafa o senhor ia pousar e desembarcá-la com a Polícia Federal na Porta, a não ser que ela me desse a garrafa e eu entregaria para ela na chegada em Brasília!

- É isso ae. Só não deixa aqui no cockpit, senão na chegada o despachante vai entrar e ver isso aí e quem vai se fuder é a gente!

- Pode deixar comandante!!!

Voar com nego pinguço manauara é foda!

Cansativo, mas Gratificante.

Visual e no Radar

segunda-feira, janeiro 5

Voltando a atividade normal

Bom enfim, agora eu vou voltar a escrever aqui, mesmo que seja pra ninguém. Foda-ci.